No
auge da primavera lá estava eu, sentada num banco qualquer apenas observando a
exuberância e simplicidade do cair das pétalas de uma rosa enquanto minha amiga
fazia discursos revolucionários e inspiradores, foi aí que parei e comecei a
observá-la melhor – é incrível o fato de sermos melhores amigas há anos e eu
nunca ter parado para fazer isso.
Ela
era o ponto que se destacava naquilo tudo, com algumas madeixas coloridas do
cabelo exótico, rosto inesquecível, algumas tatuagens, alargadores e roupas que
exalavam atitude; quem não a conhecesse com certeza diria que a garota era
louca e tinha sérios problemas por não ser uma “pessoa normal”, mas foi
exatamente isso que me encantou nela, ela conseguia ser algo que talvez eu não tivesse
a audácia, ela conseguia ser ela mesma – independente do que iriam dizer.
Poder
ser você mesmo é uma dádiva, desde pequena eu sempre tentei sair do sufoco da
introspecção, poder vestir, falar e pensar tudo aquilo que vivia sob o medo do
julgamento. Naquele momento uma lágrima deslizou sorrateiramente sobre as
minhas bochechas pálidas. Eu realmente não entendia porque uns e outros
conseguiam ser tão honestos consigo mesmo e com os outros, porque eu não consigo?!
É... Frustrante.
De
repente voltei à realidade, do que adiantaria ficar apenas lamuriando coisas
que eu gostaria que acontecesse. A vida passa como um piscar de olhos e eu
aqui, sentada me deixando levar pelos constantes devaneios.
cara, esse texto é mais que perfeito . foi você quem escreveu ? palmas
ResponderExcluirwww.bygarotas.blogspot.com
Amei o texto. Super profundo! *uu*
ResponderExcluirBrigada pela visita,viu! Bjuku!!